O teatro pós-dramático do acontecimento há uma efetivação de atos que se realizam no aqui e agora e que têm sua recompensa no momento em que acontecem, sem precisar deixar quaisquer vestígios duradouros no sentido, do monumento cultural. Não há necessidade de fundamentar pormenorizadamente que com isso o teatro pode ficar a um passo de se tornar uma espécie de “evento” insignificante. Happening e a arte performativa, ambas acentuam a presença (o fazer real) em detrimento da representação (a mimese do fictício), o ato em detrimento da totalidade. Assim, o teatro se afirma como processo e não como resultado pronto, como atividade de produção e ação e não como produto, como força atuante e não como obra. (...) No presente, a arte de ação não tem mais seu centro de forças na exigência de mudar o mundo que se expressa na provocação social, mas na produção de acontecimentos, exceções, instantes de desvio.
Hans-Thies Lehmann